Complexo do Alemão ganha seu primeiro espaço de coworking

Complexo do Alemão ganha seu primeiro espaço de coworking

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Localizada no Complexo do Alemão a Casa Brota abrirá os seus trabalhos no sábado. O local irá funcionar como um espaço de conexão e redes. A inspiração vem toda da favela com a criatividade, rataria, gambiarras, sons, cores, vibrações e energia que lhes são características. Tudo isso junto com novas mídias, tecnologia, inovação social, empreendedorismo e afrofuturismo. A Casa Brota é uma incubadora fértil de novos projetos, tendo a favela como centro da discussão sobre a cidade. Os projetos GatoMídia, Boca de Favela, Berro Inc, AmareVê, Magano e Sonata e Favelê, que fazem parte da Casa, acreditam e constatam que a favela pode nos apontar caminhos para a construção de uma cidade inteligente, sustentável e conectada. 

De acordo com o pensamento da Casa Brota:

Existem muitos projetos criativos produzidos dentro das favelas mas que não estão inseridos e legitimados no circuito de inovação da cidade, uma vez que, muitos desses circuitos não veem as demandas populares como fontes legitimas pra processo de criação. Por outro lado, apesar do número alto de empreendedores em favelas, esses empreendimentos não dialogam/conversam entre si. Um dos objetivos da Casa é fortalecer as redes dentro destes espaços populares e expandir a conexão para além da favela

Será o primeiro espaço de coworking localizado dentro do Complexo do Alemão. No próximo sábado, dia 17 de dezembro, às 16h, todos estão convidados para brotar por lá e participar desse dia histórico com direito a uma visão privilegiada do Morro do Alemão, um papo sobre inovação, tecnologia, rede e criatividade na favela e ainda um baile na laje por que ninguém é de ferro! A Casa, além de ser um espaço de conexão e redes, também realizará consultoria de comunicação para empreendimentos de favela e demais projetos e empresas que tenham como base Inovação + Tecnologia + Entretenimento + Engajamento.

Se liga na programação:

16h: Arte - sujeiraenojo

18h: Papo sobre inovação, tecnologia, rede e criatividade com Vitor Coffe (Kilombu) , Alline Cipriano (IBEJI) ,Marcelo Ramos (Bistro Estação), Adriano Cipriano (Estúdio Roncó), Sil Bahia (Olabi) e Carol Delgado (Puxadinho).

20h: Festinha

Bora Brotar!

COMO CHEGAR:
Referência último ponto das Kombis da Central
Tem como subir de Kombi e Mototaxi (3 conto) ou andando.

#casabrota

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OPORTUNIDADE: Produtora Jacaré é Moda abre seleção para casting

OPORTUNIDADE: Produtora Jacaré é Moda abre seleção para casting

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A Jacaré Moda, a produtora de moda periférica mais querida do ZN abriu em sua página do Facebook inscrições online para formação de casting. Agora, a produtora conta com dois espaços, um no Jacarezinho e um na Malha, em São Cristóvão. A Jacaré é Moda quer encontrar jovens periféricos e suburbanos, de todos os gêneros e personalidades, para compor o seu casting.

Para se inscrever, basta o candidato ter entre 15 e 25 anos e mandar no inbox do Facebook uma foto de corpo e uma de rosto mostrando todo o seu perfil. Se você topa fazer carão e ser autêntico e autêntica na frente das câmeras, está esperando o que? A seleção está aberta até o dia 12 de dezembro. Corra!

A Jacaré Moda entende que não existe um padrão certo de estética e luta para que a beleza, criatividade e o talento da periferia carioca tenham espaço no mercado de trabalho. Para saber mais, clique aqui.

A produtora é nossa grande parceira e já desenvolvemos lindos trabalhos como por exemplo o editorial A Mais Bela Entre Elas que você pode conferir abaixo:

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Créditos

Fotógrafo: Artur Cunha
Make: Manuela Bárbara
Modelo: Vanatha Moraes
Produção de Moda: EcoModa
Produção Executiva: Carol Rabello – Zona Norte Etc
Locação: Jacarezinho

Quem sabe no próximo não será você o(a) modelo que vai arrasar nas fotos?

Serviço:

Seleções de modelos on-line

Onde? Página do Facebook

Até quando? 12/12

Quem pode participar? Todos os jovens da periferia ou subúrbio carioca que tenham entre 15 e 25 anos.

#modadaresistencia

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ZN Entrevista – MC Leonardo

ZN Entrevista - MC Leonardo

Cria da Rocinha, funkeiro de coração e alma, um dos precursores e defensores do gênero musical e da cultura que vem das favelas do RJ. MC Leonardo é um nome que corre pelas veias de todo mundo que curtiu o funk na década de 90 (e quem não curtia?). Rap das Armas, Endereço dos Bailes, Rap do Centenário e muitos outros clássicos dos bailes foram feitos pela dupla, na época, MC Júnior e Leonardo. Enquanto vemos o surgimento cada vez maior de MCs pelo Brasil afora, surfando a crista da onda e muitas vezes tomando um belo caixote, MC Leonardo foi um dos caras que teve que começar o movimento do zero, matando um Leão por dia para levar a cultura da favela ao patamar de valorização que sempre mereceu. Se hoje o funk e a favela estão no mapa do Brasil ele é, sem dúvida, um dos responsáveis. O cara é tão envolvido que hoje é presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFUNK). Sua mobilização conseguiu pressionar os parlamentares fluminenses a reconhecer o funk como manifestação cultural e também a derrubar uma lei usada pela polícia para reprimir os bailes nas favelas.  Tivemos a oportunidade de bater um papo com o MC Leonardo durante a realização da FLUPP Parque 2016, que foi realizada na Cidade de Deus. 

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Foto: Fabiano Albergaria

A FLUPP foi um golaço porque fez as pessoas circularem pela cidade. Eu mesmo não conhecia a CDD. A grande parada é dizer que o funk é um instrumento. Unir o funk à literatura é dizer pro moleque que gosta de funk que ele também pode ler livro e dizer pro moleque que gosta de livro que ele também pode ouvir funk, não tem problema nenhum. Fazer isso com brincadeira e não com a imposição é o segredo. Muita gente me pergunta: Qual o resultado do que está fazendo? O resultado do que a gente faz é o que a gente faz. A grande parada é essa: fazer com que as pessoas acordem para a arte do fazer. A FLUPP tá fazendo e a união dessas ações já fez a diferença. Hoje saio daqui inspiradíssimo e acho que as crianças também saem daqui marcadas de uma forma muito positiva. 

Além do MC Leonardo, A FLUPP Parque 2016, contou com outros homenageados como Bia Bedran, Dudu Nobre, B Negão e Aderaldo Luciano. Participaram das atividades as escolas municipais Alphonsus Guimarães, Augusto Magne, Pedro Aleixo, Juliano Moreira e o CIEP João Batista dos Santos. Abaixo você confere uma galeria de fotos desse encontro maravilhoso que foi a FLUPP Parque. 

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5ª edição da Flupp começa nesta terça

5ª edição da Flupp começa nesta terça

Vida longa à Favela

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De hoje até domingo rola a 5º edição da FLUPP, na Cidade de Deus. Nesta edição, mais de 50 autores de 20 nacionalidades e uma grande homenagem ao escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (morto há 20 anos). A FLUPP há cinco anos vem chamando atenção para a realidade e a produção artística das minorias periféricas. Como parte das celebrações pelos 50 anos da Cidade de Deus, os convidados debaterão temas como racismo, machismo e homofobia. 

A FLUPP de 2016 terá mais de 100 horas de programação diversa e diversificada, com debates entre autores nacionais e internacionais, show musicais, espetáculos teatrais, realidade virtual, gincana literária e poetry slam. Iremos contar com convidados como a pastora lésbica Pamella Ligthsey, o compositor Dudu Nobre e a slammer secundarista Tainara Coelho, todos eles negros como as curadoras Roberta Estrela D'Alva e Yasmin Thayná. Mais do que nunca, a FLUPP da Cidade de Deus será uma plataforma contra o racismo, e em particular contra a morte em escala industrial dos jovens negros de nossas favelas.

Uma das novidades é o projeto criado em Barcelona por um grupo de pesquisadores e artistas: “Machine to be another” (Máquina de ser outro). Combinando áudios, vídeos em 360 graus, realidade virtual e técnicas de neurociência, a experiência cria uma ilusão cerebral que faz o usuário ver-se e sentir-se no corpo de outro. As sessões, gratuitas, acontecem das 14h às 22h, na praça principal da Cidade de Deus. Haverá também, em datas e horários a serem confirmados, performances de teatro imersivo, que irá misturar a realidade virtual e a física, colocando o visitante frente a frente com os narradores da histórias. No Brasil pela primeira vez, o “Machine to be another” participa da Flupp dentro da iniciativa do festival de ampliar a sua programação para outras formas narrativas.

Patrick Chomoiseau e Conceição Evaristo farão uma mesa que poderá entrar para a história dos festivais literários no dia 13 de novembro. Não será muito diferente com o debate envolvendo Nadifa Mohamed e Ana Maria Gonçalves, que discutirá o lugar do negro no mundo a partir do olhar feminino. O cinema, a inclusão digital e o samba também serão debatidos por artistas negros, como o diretor Joel Zito e a cantora Ellen Oléria.

Uma sexualidade hoje chamada de queer também terá grande destaque na programação, como se pode depreender pela mesa envolvendo Marcelo Caetano, Mc Linn da Quebrada e Amara Moira. Marcado para o dia 12 de novembro, esse debate é uma espécie de elo perdido entre a Cidade de Deus e Caio Fernando Abreu, autor homenageado da FLUPP de 2016. Pelo terceiro ano consecutivo, a curadoria do Rio Poetry Slam será da poeta e atriz Roberta Estrela D'Alva.

A FLUPP Parque, que pelo segundo ano terá como epicentro uma Gincana Literária, mostrará o resultado de dois meses de trabalho dentro de cinco escolas de ensino fundamental da Cidade de Deus. Uma espécie de festival de leitores, em que o epicentro das ações é a interpretação que os estudantes fizeram da obra dos autores que visitaram sua escola. A cantora, educadora e escritora Bia Bedran será uma das participantes, assim como a atriz Elisa Lucinda (no dia 11) e muitos outros. FLUPP Parque foi inteiramente dedicada à poderosa tradição da poesia oral brasileira, ela própria uma permanente afirmação de nossa herança africana. Quem acompanhar a programação das manhãs de 9, 10 e 11 poderá ver o que os grandes compositores do samba, rap e funk poderão fazer para formar novos leitores.

FLUPP 2016
8 a 13 de novembro
Endereço: Rua Edgard Werneck, 1565 - Jacarepaguá
Praça da Cidade de Deus (Praça Padre Júlio Groten)

Programação completa aqui.

Frango assado na brasa _Foto Rosilene Miliotti

Dica ZN – Festival Comida de Favela

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O croquete de carneiro do Point do Macarrão | Foto: Divulgação

Hoje começa o Festival Comida de Favela! Até 17/10, a primeira edição do evento gastronômico realizado na Maré, irá ocupar 16 estabelecimentos com diversas opções de cardápio.

Churrasco misto, empadinha de frango, batata recheada, carne assada com batatas coradas e galinha ao molho pardo, são alguns dos pratos da tradicional e diversificada gastronomia da Maré. Não faltam também opções que podem surpreender o público, como paella, croquete de cordeiro com molho de maçã, salmão ao molho de camarão e lulas com alcaparras, entre outros.

paella - Foto Diego Alves ECOM

A paella também é um dos pratos concorrentes | Foto: Divulgação

E ainda serão servidos pratos pouco conhecidos do público, como a cachupa, cozido típico da cozinha angolana à base de feijão, milho e carne de porco, um hot gourmet japonês ou a releitura local para o feijão mexicano. Marcados pela diversidade, os restaurantes e bares da Maré reúnem diferentes tradições culinárias, já que o bairro, onde moram mais de 130 mil pessoas, é formado por muitos imigrantes – sobretudo nordestinos, nortistas e africanos.

A média de preço dos pratos é de 15 reais e o objetivo dos organizadores é que não apenas os moradores da Maré como pessoas de outras partes da cidade experimentem os sabores locais. Nos finais de semana, diversas atrações culturais, com artistas e grupos locais, serão apresentadas em diversos pontos da Maré. Nestes dias, monitores estarão à espera dos visitantes em diferentes pontos de entrada da favela, para prestar o auxílio necessário para a locomoção.

Todos os 16 estabelecimentos inscritos concorrem a premiações em duas categorias: comida de bar e comida de rua. Os três pratos ou petiscos mais bem votados em cada uma, receberão prêmios que variam entre 500 e 3 mil reais. O público também pode (e deve) votar em seus pratos preferidos – os clientes serão convidados a dar a sua nota logo após a refeição, no próprio estabelecimento. A cerimônia de premiação acontece em alto estilo, com show do Dudu Nobre e Banda no dia 17 de outubro, na praça do Parque União, a partir das 20 horas.

Independente de premiação, todos os estabelecimentos ganharão um azulejo exclusivo, que sinaliza a sua participação no festival. Os vencedores receberão azulejos que indicam o prêmio conquistado. Todos os participantes receberam, no período pré festival, consultoria profissional oferecida pela Redes da Maré, englobando itens como normas de organização e conservação de alimentos, apresentação dos pratos e atendimento ao público.

Promovido pela Redes da Maré, organização não governamental que atua na Maré, e com patrocínio do Rumos Itaú Cultural, o Comida de Favela faz parte de uma série de iniciativas que visam a valorização do território e o desenvolvimento local.

Partiu?

Serviço: Festival Comida de Favela
De 17 de setembro a 17 de outubro
Preço sugerido para os pratos: até 15 reais por pessoa
Monitores: Em frente às passarelas 6 (Vila do João), 8 (Baixa do Sapateiro) e 10 (Parque União) sábados e domingos, das 12 às 16 horas