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Prato Feito – Comida de Favela

Uma parte da equipe do ZN aproveitou o último fim de semana para conhecer o Comida de Favela, festival gastronômico que acontece até o dia 17/10 na Maré. Entre os 16 restaurantes participantes, selecionamos 7 para provar os pratos concorrentes e, depois dessa verdadeira orgia gastronômica, resumimos aqui pra você o que achamos de cada um nos baseando unicamente no nosso amor por comida e sem a pretensão de ser um Master Chef, ok?! Confira abaixo!

1 – CROQUETE DE CORDEIRO COM MOLHO DE MAÇÃ (POINT DO MACARRÃO – RUA 3, 7 – VILA DO JOÃO)

croquete

Carol Rabello: O croquete foi amor à primeira mordida. Saboroso e bem temperado, harmonizou perfeitamente com o molho. Vale voltar lá pra pedir uma porção maior, porque como foi o primeiro restaurante e ainda tínhamos mais 6 pela frente, ficamos com medo de abusar e não aguentar tudo! Muito bom!

Fabiano Albergaria: Foi o nosso primeiro prato. Como o calor era grande foi acompanhado por uma boa cerveja e não é que a combinação deu mais que certo? O croquete tem uma consistência macia por dentro mas torradinho e crocante por fora. O sabor é ótimo e fica ainda mais quando embebido no molho de maçã que também apresenta um toque apimentado agradando até os paladares mais exigentes. Deixa gostinho de quero mais.

Caio Borba: Que bolinho maravilhoso. Quando misturado com o molho (que era algo de mel e pimenta) se tornava melhor ainda. Sério, amei. Amei muito. Meu parâmetro pra avaliar bolinhos mudou drasticamente depois de experimentar esse.

2 – SALMÃO AO MOLHO DE LULA E CAMARÃO COM ALCAPARRAS (SONIA’S GOURMET – RUA PRAIA DE INHAÚMA, 299 – TIMBAU)

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Carol Rabello: A palavra para este prato é: SENSACIONAL. O salmão perfeito, a lula cozida maravilhosamente (sem estar borrachuda) e o camarão uma delicinha. Que molho! O purê de batata baroa do acompanhamento era super leve, temperadinho e até o arroz branco estava perfeito. O melhor de tudo: o prato degustação custa 10 REAIS, minha gente! O atendimento, feito pela própria Sonia com muita simpatia, complementou o prato incrível! É muito amor!

Fabiano Albergaria: Chegamos ao Sonia’s Gourmet que, logo de cara, me conquistou com o ar-condiconado e a simpatia da própria Sonia que nos recebeu muito bem. O prato veio rápido e certeiro. O salmão é um peixe que cada vez mais angaria fãs, mas o da Sonia… nossa! Parece feito especialmente pra você. O camarão estava também fresco e com um ótimo ponto e a lula perfeita. Nada borrachuda e muito saborosa. O Purê de batata-baroa é o detalhe que faz a diferença. Sensacional e bem servido.

Caio Borba: Fomos de petisco para um prato muito bem elaborado. Loucamente elaborado, eu diria. Salmão com molho de camarão e lula. Onde já se viu? Na Sonia`s Gourmet, além de ver, você prova e fica chocado. Que delícia! Salmão gostoso, lula saborosa, e pra fechar perfeitamente um purêzinho gostosíssimo de batata baroa. Eu amo a Maré!!!!

3 – ACARÁ COM BAIÃO DE DOIS (OPEN BAR – RUA NOVA CANÃA, 33 – BAIXA DO SAPATEIRO)

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Carol Rabello: Confesso que fiquei tensa em provar um peixe com espinha… frescura minha, eu sei… mas é bem chatinho. Só que tá na chuva, é pra se molhar, então me joguei no acará com baião de dois. E que bom que eu fiz isso! Peixe delicioso e um baião um pouco diferente do tradicional, mais para um risoto, bem gostoso. O prato é delicioso, mas eu tiraria a porção de salada e a batata-frita que acompanham. Deixaria só o peixe maravilhoso e mais baião… muito mais!

Fabiano Albergaria: Sou um ávido consumidor de frutos do mar. Gosto, ou melhor, amo todos eles. Confesso que não sou muito conhecedor de peixe de água doce mas o Acará com Baião de Dois me fez querer provar todos! Peixe frito na medida certa, acompanhado de um limãozinho pra dar aquele tchan e o Baião de Dois um pouco modificado acompanha harmonizando perfeitamente com o peixe que possui espinhas grandes e por isso é simples e gostoso de comer.

Caio Borba: Sinceramente, acho que nunca havia comido um acará. Bom demais! Impliquei um pouco com as espinhas porque sou um pouco fresco. Sem elas eu teria sido mais feliz, mas ainda achei bem gostoso.

4 – CACHUPA (BAR DO GIL – PRAÇA DE NOVA HOLANDA, S/N – NOVA HOLANDA)

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Carol Rabello: Eu havia ouvido falar de cachupa no Master Chef e havia ficado curiosa pra provar. Que surpresa boa! Achei que fosse ser uma mistura louca de sabores, já que leva milho, feijão, vários legumes e carnes… mas o resultado é um prato com o gosto que lembra a dobradinha brasileira. Delicioso e feito por um angolano legítimo, o simpaticíssimo Gil! O mais incrível é que super alimenta e, mesmo dividindo uma porção por 3, foi muito bem servido.

Fabiano Albergaria: O bom da culinária é que todo mundo se entende. O intercâmbio de culturas é uma das coisas mágicas da gastronomia. Lá na Maré temos uma grande quantidade de imigrantes vindo de Angola e graças à isso temos a grande oportunidade de provar uma verdadeira cachupa. Prato típico Angolano feito por um: O grande Gil! Figura simpaticíssima e cuidadosa com os clientes que sempre atende com um sorriso largo no rosto e cerveja gelada na mesa. O prato é sensacional. É um dobradinha melhorada mil vezes. Mata a fome de um leão e alimenta bastante! Tudo muito bem temperado e fresco.

Caio Borba: Prato típico de Angola feito por um angolano. De cara parecia uma feijoada, mas não era. Várias carnes, milho, uma mistureba doida. Vale a experiência, não foi meu prato preferido do dia mas curti.

5 – FEIJÃO MEXICANO (KIOSQUE DA LUCI – PRAÇA DE NOVA HOLANDA, S/N – NOVA HOLANDA)

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Carol Rabello: A praça Nova Holanda foi um paraíso de bom atendimento. Depois do Gil, o seu Felício, que nos recebeu com muito carinho e um feijão mexicano GENIAL! Bem temperado, delicioso. Perfeito pra acompanhar uma cervejinha ou no pós-ressaca, tipo um caldinho pra curar a bad do dia seguinte. Maravilhoso!

Fabiano Albergaria: No quiosque da Luci tivemos o grande prazer de conhecer o Sr. Felício. Senhor simpático e atencioso que nos trouxe essa maravilha da culinária de favela. O Feijão Mexicano do Quiosque da Luci é sucesso nas madrugadas da Maré pra quem curte uma cervejinha e eu dou toda razão. É ótimo, é maravilhoso! Um caldo repleto de sabor acompanhado de um pãozinho esperto pra fazer a dupla perfeita. Ou melhor, o trio perfeito, porque a cerveja gelada não pode ficar fora dessa.

Caio Borba: Cheguei na Maré com uma convicção: “não gosto de feijão”. Essa afirmação caiu por terra assim como eu cai de fofura pelo Seu Felício, autor do prato. Típico velhinho fofo que você gostaria de ter como avô. Ah, vocês querem saber do feijão, né? Comi e adorei!

6 – HOT GOURMET ( BONER GOURMET -RUA ROBERTO DA SILVEIRA, 31 – PARQUE UNIÃO)

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Carol Rabello: Não sei o que dizer, apenas sentir. Fiquei sem palavras. Não dá pra escolher entre o shoyu e o teriaky porque o hot é tão maravilhoso que combina com os dois molhos… e talvez com catchup, limão, cachaça, feijão. Combina com tudo. Um salmão enrolado no camarão, sem arroz, apenas. Me apaixonei pelo prato e se eu não tivesse comido em 5 restaurantes antes dele e faltando mais um, passaria a tarde ali pedindo repeteco. MARAVILHOSO!

Fabiano Albergaria: Esse prato é uma covardia pra quem curte um bom japonês… e pra quem não curte também! Ele não leva aquele arroz esquisito (sim, pra mim é esquisito) dando lugar à um belo camarão delicioso com cream cheese sendo hot por fora, bem crocante. No ponto! O Chef veio direto de São Paulo especialmente para a cozinha do Boner Gourmet fazer essas maravilhas. O cardápio do restaurante é extenso e vale provar além desse prato concorrente os outros pois os peixes são sempre frescos e preparados por um ótimo profissional.

Caio Borba: Sim! Tinha restaurante japônes também! Vocês não fazem ideia de como fiquei feliz quando descobri. E não era um japonês qualquer, o prato era um hot todo diferentão. Não sou muito bom em explicar detalhes técnicos, mas aquele sushi man sabe o que faz. Maravilhoso.

7 – PAELHA (GALETO DOURADO – RUA ROBERTO DA SILVEIRA, 17 – PARQUE UNIÃO)

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Carol Rabello: Fiquei triste. A paelha foi toda uma expectativa, mas infelizmente não cumpriu o esperado. Depois de uma tarde maravilhosa fechamos com ela e foi uma pontinha de decepção no meio de um dia de coisas maravilhosas. O camarão estava gelado, a lula borrachuda e o arroz meio durinho, apesar de bem temperado. Valeu a intenção, mas o resultado não foi dos melhores. Quero voltar lá para provar o churrasco misto, que é o carro chefe da casa, porque a paelha definitivamente não rolou…

Fabiano Albergaria: A Paelha do Galeto Dourado infelizmente deixou a desejar contrariando tudo que tínhamos provado até o momento. Curiosamente é o lugar com mais estrutura. Um amplo salão muito bem arrumado, ar-condicionado e bom atendimento. Porém o arroz estava um pouco frio e o camarão completamente. A lula parecia uma borracha de apagar lápis e não foi um prato apetitoso, como podem imaginar. O restaurante é conhecido na região pelo churrasquinho. O pessoal garante que é bom. Será? Quando voltar lá vou provar e dar mais uma chance ao restaurante que é simpático mas não se saiu bem no prato concorrente do Comida de Favela.

Caio Borba: Pode ser que a orgia gastronomica tenha me confundido e influenciado minha opinião sobre o último prato, mas foi o que menos gostei. Adoro camarão, quando mordi o primeiro descobri que tava frio. Que decepção. O resto era mais do mesmo, não me impressionou.

O Comida de Favela termina neste fim de semana, então ainda dá tempo de correr para conferir essas e outras delícias. O vencedor sai no próprio dia 17/10, junto com a festa de encerramento que terá show do cantor Dudu Nobre. Para mais informações, acesse o site do evento.