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ZN Entrevista – Lenine

Na última quarta-feira tivemos o prazer de assistir Lenine em mais uma edição do Verão nas Arenas, desta vez ocupando o palco da Arena Dicró, na Penha. O show mais intimista, que trouxe o artista em apresentação voz e violão, contou com a animação do público para acompanhar com palmas e gritos emocionados a presença do artista.

Antes do show, o cantor recebeu a imprensa e contou um pouco de sua trajetória em mais de 30 anos de carreira e a participação no incrível projeto das arenas.

Tocar no RJ é tocar em casa. Estou aqui há trinta e tantos anos, criei dois filhos e diferentemente de quem nasce no Rio pra quem o escolhe, é bacana porque a cidade exerce toda uma sensualidade, então eu conheço mais o Rio do que a minha mulher que é nascida aqui. Eu sei das dimensões desse Rio, porque eu já frequento elas, e agora com o projeto da Arena é muito bacana porque tem um investimento, a ponto de dar estrutura sem sucatear o que você faz, podendo levar o seu trabalho a vários lugares, além do que, o fato de ser subsidiado. Isso é maravilhoso, porque dá oportunidade real para quem assiste, que não teria como pagar o preço real de quanto custa o ingresso. Esse incentivo faz parte de uma vertente da educação, por outro lado para nós artistas, é uma oportunidade de mensurar como a música da gente chega em outros nichos que a gente só intui. Meu elo se dá com o público quando eu toco.

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Foto: Fabiano Albergaria

Sobre a relação com os espaço populares e ocupação das ruas, Lenine relembra o início do “Suvaco de Cristo” e reafirma a alegria de fazer parte do carnaval carioca

Eu me sinto com uma certa paternidade com o carnaval de rua do Rio. Eu sou da época do Suvaco, do Simpatia… aquilo eram os primórdios. Não existia carnaval de rua no Rio de Janeiro e hoje você vê esses eventos, isso tudo é uma nova maneira de celebrar a rua do Rio.

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Foto: Fabiano Albergaria

O músico encerra o papo com uma declaração apaixonada sobre sua profissão, que é uma extensão de seu ser afirmando

Música é minha religião, a minha igreja. Eu ritualizei o que eu faço a ponto de ser a minha espiritualidade. Quando eu subo no palco agradeço ao deus da intuição por conseguir captar a alma de algumas pessoas naquele momento. A música tem essa ferramenta, a hora do clique… eu vivo perseguindo esse clique porque aí não precisa de palavra, eu consigo tocar a alma de cada um e é isso que eu busco.

E alguém duvida que ele consiga?

O vídeo completo da entrevista você confere em breve no canal dos nossos parceiros do Subsolo. E hoje tem mais! Hoje a Arena Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, recebe Mahmundi e Pedro Luís, show que também chega à Arena Dicró na próxima semana. Fique ligado por aqui para saber a programação completa na nossa agenda cultural!

Dica ZN: Verão nas Arenas com Lenine

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Hoje a Arena Dicró, na Penha, recebe o show de Lenine, com abertura da banda Tono. O show faz parte do projeto Verão nas Arenas, que já passou por outros bairros como Pavuna e Madureira e agora chega à Penha.

O cantor e compositor leva seu violão até a Arena Carioca Dicró e apresenta seus sucessos de mais de 30 anos de carreira, além de faixas do seu recente álbum, “Chão”.

A noite ainda promete com a apresentação da banda Tono, que vai mostrar ao vivo o repertório inédito do seu terceiro e mais recente álbum, “Aquário”, produzido por Arto Lindsay e mixado por Daniel (filho do baixista Dadi) Carvalho.

Abaixo, você confere um vídeo de Lenine convidando o público para o show de hoje e fique ligado porque a programação se estende até o fim do mês!

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Desabafo: Hilde, nós vamos invadir a praia (não, ela não é sua)!

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Foto: Reprodução Instagram @giovaniboechat

Hoje tivemos o desprazer de ler na imprensa uma nota equivocadíssima escrita pela jornalista Hildegard Angel em seu blog. Na infeliz postagem ela sugere que, para acabar com o caos nas praias durante o verão carioca, sejam reduzidas as frotas de ônibus que fazem as rotas ZN – ZS e, ainda, que sejam cobrados ingressos para acesso às praias. (Pra quem quiser ler a “pérola” completa e entender melhor o caso, clique aqui)

Jura, Hilde? A praia é o lazer mais democrático que existe. É lá que a diversidade, o colorido e as belezas da cidade se misturam, interagem, acontecem. O retrato da praia é o carioca sorridente, feliz, hospedeiro. O mesmo carioca que você encontra nas quadras das escolas de samba, no Baile Charme de Madureira, nas arenas da Penha, nas praças da Tijuca, nos eventos culturais do Méier, entre outros lugares incríveis, seja na laje ou no trem: exclua a Zona Norte e você excluirá a alma da cidade.

A solução para o problema da violência, que não assola só as praias mas o Rio de Janeiro como um todo, é outra. A questão é muito mais profunda e passa por educação, saúde, justiça e, principalmente, igualdade. Comportamentos como esse só reforçam o preconceito e empobrecem a discussão.

Hilde, nós vamos invadir a praia sim: com estilo, alegria, gingado, alma. Somos Zona Norte, somos Zona Oeste, somos Baixada, somos o Rio de Janeiro.

Mais ou Menos Isso – Nunca entendi por que…

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Nunca entendi por que algumas pessoas falam Saens PeÑa e outras falam Saens PeNa.

Nunca entendi por que o trânsito da Avenida Brasil muitas vezes acaba do nada, sem ao menos te mostrar um acidente ou um carro parado.

Nunca entendi por que o bairro se chama Rio Comprido. Não vai me dizer que aquele valão da Paulo de Frontin já foi um rio? Nasci na época errada, é isso?

Nunca entendi por que o Alto da Boa Vista se chama assim se quase todo o trajeto é cercado por mata fechada que não deixa ver nada.

Nunca entendi por que tem que pagar pedágio na Linha Amarela se eu não tô entrando em outra cidade.

Nunca entendi por que o ônibus 432 só passa com ar-condicionado quando o dia está frio ou chovendo.

Nunca entendi por que o caminho do ônibus 456 é Norte Shopping – General Osório, se ele dá a volta ao mundo.

Nunca entendi por que Vila Kosmos se chama Vila Kosmos. Que que isso? Um episódio dos Cavaleiros do Zodíaco?

Nunca entendi por que quem nasce na Tijuca vira tijucano, mas quem nasce no Colégio não vira, sei lá, pré-vestibulando.

Nunca entendi por que existe um lugar chamado Penha, outro chamado Penha Circular e outro Vila da Penha. Acabaram as opções de nome na hora de criar os bairros, é isso?

Leo Valpassos e Lucas Ribeiro www.facebook.com/maisoumenosisso

 

*As opiniões publicadas nesta coluna são de responsabilidade integral dos autores e não representam necessariamente a opinião deste site.

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Mais ou Menos Isso – E se os bairros da Zona Norte fossem as seleções?

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Méier, por exemplo, seria Camarões. Afinal, não é qualquer um que tem leão em suas terras. Ou você vai dizer que nunca foi na Dias da Cruz aos domingos? Já deve até ter tirado foto com aquele leão que eu sei.

Já o Cachambi seria Nigéria. Todo mundo pensa que é Méier, que é tudo igual. Mas na verdade tem seu próprio território.

O Rio Comprido seria a pequena Costa Rica. Apesar de estar entre os grandes como Tijuca e Estácio, ele tem o seu valor. Veja o Túnel Rebouças, por exemplo.

Bento Ribeiro seria Portugal. É de lá que vem o craque Ronaldo 😉

Del Castilho, com o Nova América, é tipo a Argentina. No fundo, no fundo, o que a gente gosta mesmo é de ir lá e dar um passeio.

Agora, o Grajaú seria o Uruguai. Até porque lá pode morder à vontade. Inclusive, me vê 3 pastéis do Adão, por favor.

Rocha seria os Estados Unidos. Você acha que vai ser fácil fácil passar por eles. Mas no final das contas passa o maior sufoco na 24 de Maio.

Com certeza a Penha seria a Grécia. Afinal, só eles podem bater no peito e dizer que têm o Olimpo.

E a Tijuca? Espanha, é claro. Depois de um jogo no Maracanã, volta pra casa rapidinho.

Leo Valpassos e Lucas Ribeiro www.facebook.com/maisoumenosisso

*As opiniões publicadas nesta coluna são de responsabilidade integral dos autores e não representam necessariamente a opinião deste site.