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ZN Entrevista – Rony Meisler, da Reserva

A Reserva é um dos principais nomes da moda masculina no país. Marca relativamente nova se pensarmos num mercado de nomes um tanto tradicionais, mas repleta de experiência, carisma e com um caminho de algumas polêmicas, mas muito, muito sucesso! E a cabeça criativa, inquieta e genial por trás de toda esse enredo é Rony Meisler, sorridente (sim, esse é o cargo dele!) da marca.

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Foto: Divulgação

E quem não conhece a marca do pica-pau? Com 8 anos de estrada, a Reserva chega ao Norte Shopping, um dos principais pontos de venda da Zona Norte, com uma super loja, trazendo para a região mais uma ótima opção de compras para os antenados da área. Mas muito mais do que moda, Rony se preocupa com a verdade que ele passa aos seus consumidores, afirmando que o produto não é somente a roupa, e com uma explicação muito simples sobre sua chegada à Zona Norte da cidade:

Nossa missão é ser um amigo e não uma marca. Neste sentido, onde eles estão, lá nós estaremos.Temos milhares de amigos na Zona Norte. Chegou a hora do Norte Shopping. Surgiu uma oportunidade comercial e o shopping atende a todas as classes, A, B, C e D. Temos clientes em todas elas, caminho natural…

Em relação ao preço e volume de vendas estimado para o novo ponto, Rony avalia o aumento de poder de consumo em paralelo ao desejo gerado pela marca, que estimulou fortemente e infelizmente, uma pirataria desenfreada dos produtos da marca:

O aumento do poder de consumo, com responsabilidade e sustentabilidade financeira, é necessário ao desenvolvimento de todo país que pretende ser grande não apenas territorialmente. E bobo é aquele que acha que pirataria tem apenas na zona norte, sul, sudeste ou seiláoqueeste… Existe em toda parte e temos que lutar contra isso.

Entre as novidades do espaço: o mix de produtos, diferente da divisão que algumas marcas aplicam, será o mesmo encontrado em todas as lojas da rede, e o projeto da loja, que é totalmente inédito na cidade!

Os produtos serão os mesmos, por que não seriam? E mais: Esta loja é a primeira no Rio a receber o novo projeto arquitetônico da marca, em gestação por 2 anos.

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Foto: Divulgação

 E pra fechar, Rony dá uma aula de simplicidade, talvez uma das razões de tanto sucesso. Perguntado sobre o motivo de algumas marcas ainda terem resistência em chegar à Zona Norte e como ele entendia esse distanciamento, o sorridente respondeu:

Não entendo. Simples assim: não entendo.

Mais ou Menos Isso – Abecedário da Zona Norte – Parte 1

Foto: Reprodução Instagram @jebsmore

Foto: Reprodução Instagram @jebsmore

A de Andaraí. Mas pode chamar de Tijuca que a gente deixa.

B de Buxixo. Lugar que fica cheio sábado. E domingo, segunda, terça…

C de Cachambeer. Um lugar de comer ótimo para beber. Ou um lugar de beber ótimo para comer.

D só pode ser de Del Castilho. O bairro daquele famoso shopping onde as lojas no Natal parecem a Bolsa de Valores.

E de Engenhão. Ou poderia ser E de elefante, mais precisamente, elefante branco.

F de Flor. Flor de Maio. Aquele motel que você só conhece porque “passou na frente”.

G de Gringo. Espécie de ser humano mais comum nas regiões do Maracanã e da Mangueira.

H de humildade. Porque todo suburbano que se preze já foi pelo menos uma vez na vida a algum evento largadão, só de chinelo, só na humilde. Vai dizer que não?

I de Imperator. Aquele lugar que você vai antes de comer de madrugada no Habib’s.

J de Jacaré. Não o bicho, o bairro mesmo. Terra onde nasceu Romário. Sabe como é, né? Todo suburbano tem orgulho de ser do mesmo bairro onde um famoso nasceu.

K de Kátia Flávia. Uma godiva do Irajá que se escondeu lá em Copa.

L de lotada. Sim, porque aqui entre a gente, quem nunca apelou para aquela Kombi salvadora depois de ficar horas esperando o ônibus no ponto?

M de Maraca. Assim, na intimidade mesmo. O maior do mundo e a segunda casa de todo carioca.

Leo Valpassos e Lucas Ribeiro www.facebook.com/maisoumenosisso

*As opiniões publicadas nesta coluna são de responsabilidade integral dos autores e não representam necessariamente a opinião deste site.

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Mais ou Menos Isso – E se os bairros da Zona Norte fossem as seleções?

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Méier, por exemplo, seria Camarões. Afinal, não é qualquer um que tem leão em suas terras. Ou você vai dizer que nunca foi na Dias da Cruz aos domingos? Já deve até ter tirado foto com aquele leão que eu sei.

Já o Cachambi seria Nigéria. Todo mundo pensa que é Méier, que é tudo igual. Mas na verdade tem seu próprio território.

O Rio Comprido seria a pequena Costa Rica. Apesar de estar entre os grandes como Tijuca e Estácio, ele tem o seu valor. Veja o Túnel Rebouças, por exemplo.

Bento Ribeiro seria Portugal. É de lá que vem o craque Ronaldo 😉

Del Castilho, com o Nova América, é tipo a Argentina. No fundo, no fundo, o que a gente gosta mesmo é de ir lá e dar um passeio.

Agora, o Grajaú seria o Uruguai. Até porque lá pode morder à vontade. Inclusive, me vê 3 pastéis do Adão, por favor.

Rocha seria os Estados Unidos. Você acha que vai ser fácil fácil passar por eles. Mas no final das contas passa o maior sufoco na 24 de Maio.

Com certeza a Penha seria a Grécia. Afinal, só eles podem bater no peito e dizer que têm o Olimpo.

E a Tijuca? Espanha, é claro. Depois de um jogo no Maracanã, volta pra casa rapidinho.

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