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Vakinha Etíope do Leão

Vakinha Etíope do Leão

Ao longo desse tempo em que o ZN está em atividade tivemos a oportunidade de conhecermos muitos projetos, pessoas, culturas e uma das iniciativas mais sinceras e que mais nos aproximamos foi o coletivo Leão Etíope do Méier. Eles simplesmente fomentam o acesso à cultura em lugares públicos (mais especificamente na Praça Agripino Grieco e no Jardim do Méier). Provando que a Zona Norte tem vasta oferta e demanda de consumo de arte em geral. 

O “Leão Etíope do Méier” atua desde janeiro de 2014. Sempre com uma programação variada que vai desde exibição de filmes (Cinetíope do Méier), shows nacionais e internacionais, performances, teatro e dança. Um grande palco a céu aberto na zona norte da cidade. 

Em 2015, o Leão foi convidado a produzir, a convite da Funarte, uma série de cinco espetáculos na Sala Sidney Miller. Ainda em 2015, firmou parceria com o Imperator - Centro Cultural João Nogueira para produção de eventos. Também foram um dos palcos da Ocupação O Passeio é Público, além de assinar a curadoria do dia da consciência negra na Arena Dicró (2015). Ele foram premiados pelo edital de Ações Locais da Secretaria Municipal de Cultura - RJ e esse ano o projeto 'Leoa Etíope do Méier 'também foi chancelado como Ação Local pela Secretaria Municipal de Cultura - RJ. 

Muito bem! Para que a galera possa dar continuidade a esse trabalho lindo é preciso que nos movamos e ajudemos os grande amigos que tanto fazem pela arte, cultura e democracia.  Você pode colaborar com 10, 20, 30 reais... chamar os amigos para chegar junto e ajudar divulgando nas redes sociais. O desafio é ter 350 admiradores e admiradoras contribuindo com 10 reais ou mais até o dia 24/12. Vamos nessa!?

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Arte: Rosa Antunes com adaptação de Marina Andrade

Para apoiar o Leão Etíope do Méier basta clicar aqui.

Desirre Cher_zn colaborativa

Dica ZN – Luciana Avellar mergulha no espelho de quatro drag queens para contar as vidas dessas rainhas

*Com a colaboração de Rafael Moura

O termo Drag Queen surgiu por volta de 1870, nos Estado Unidos. Já na vida da jornalista e fotógrafa Luciana Avellar, esse universo começou a “montar” sua carreira há 10 anos quando fez sua primeira exposição individual “Ele é Carioca” que reuniu fotos de drags e transformistas posando como personagens do Rio de Janeiro. “A ideia foi construir drags transgressoras em capas de revistas, porque elas ainda estavam no underground. Me trouxe muita felicidade e visibilidade porque era um tema que ninguém falava”.

Agora Luciana resolve trazer esses personagens para o sol com o filme “Vida de Rainha” que está em financiamento coletivo no site Benfeitoria. “ Sou jornalista e fotógrafa de moda e celebridades há um bom tempo. E a fotografia está fazendo uma transição para o vídeo por conta das mídias digitais e eu resolvi voltar a estudar. Então fui fazer um curso de edição na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Centro do Rio de Janeiro e o projeto final do curso era fazer um filme, daí surgiu a ideia”, conta animada a jornalista.

Com a finalização do curta a jornalista sentiu a necessidade de contar essa história que ao longo desses últimos 10 anos foi evoluindo e ganhando novas páginas. “No documentário é ele quem nos dirige. Ele toma vida e o assunto ou personagens é quem vai direcionando, por isso virou um longa”, explica a fotógrafa.

Nos anos 90 existia um fervo por conta do modismo de drag queens por conta da grande quantidade de boates da Zona Sul; e com uma mudança no perfil das casas, essas artistas foram acolhidas pelas boates da Zona Norte, elas dominam os palcos. “Existe uma hiper varlorização do que é novo, e a história vai se apagando… é um filme de urgência”, completa a jornalista.

Vida de Rainha

Atualmente existe um grande movimento para falar das Drag Queens por conta do enorme sucesso do reality show Ru Paul’s Drag Race. E com o surgimento de uma nova geração de profissionais “achei que o assunto está em alta e com meu olhar de jornalista resolvi contar essa história desde os anos 90 de maneira totalmente humanizada e desmitificando esse estigma de luxo e glamour”, diz Avellar.

O filme mostra o dia a dia desses artistas que ganham a vida trabalhando com a alteração do gênero como arte. O objetivo do documentário é debater os tabus de identidade e humanizar o ofício que ao mesmo tempo é artístico, e também fonte de renda. É desmistificar o clichê da exposição do Gay rotulado com sexo e prostituição.

Se trata de um recorte histórico dos artistas e das casas noturnas da cidade do Rio de Janeiro destacando o subúrbio, desde o período onde ainda eram conhecidos como transformistas até a cena atual com os novos rumos da internet.

O documentário conta com relatos dessas pessoas que sofrem na pele o preço de uma escolha pessoal, seja através de seu corpo, seu trabalho ou de sua orientação sexual. O filme mostrará a rotina das personagens que sustentam a si e a família com a uma média de 12 shows por semana. O cansaço físico, os códigos de beleza e a chegada da idade serão temas recorrentes. “O fato de fotografar moda me ajuda a caracterizar visualmente o estilo do filme. Eu estou abusando da realidade e da linguagem estética colorida de moda”, diz Luciana.

A equipe conta com Luciana Avelar (direção, câmera e edição), Antonio K.Valo (produção executiva), Juliete Yu-Ming e Clarice Lissovsky (câmera) e Luiz Alfredo Vernieri Lopes (pós produção)

As rainhas

Desirre Cher_zn colaborativa

Desirre Cher | Foto: Reprodução Facebook

A primeira é Desiree Cher, cover oficial da cantora Cher, que tem formação de ator e começou sua carreira “apadrinhada” pela mãe drag, Rose Bombom (umas das precursoras que faleceu em dezembro de 2011). Já Samara Rios que comanda o talk show “Programa da Samara”, na TVC Petrópolis, funciona como o fio condutor dessa história que tem os bastidores filmados pela diretora do longa. Samara e Desiree possuem um fã clube enorme. “A Desiree me apresentou as outras duas personagens: a caricata Lord Talent, uma caricata; e a fashionista Vick Diamonds que é hostess da boate 1140 e maquiador profissional. A ideia é que essa documentário seja uma fonte de troca de conhecimento e informação”.

O financiamento

“O financiamento coletivo é uma loucura. É o olho do furacão. Porque a cultura no Brasil é uma falência. O público em geral ainda não entende muito bem a proposta e a importância desse tipo de apoio. Eu acho maravilhoso, mas é preciso amadurecer um pouco”, e completa, além do site, “estou fazendo a venda das “recompensas” ao vivo, nas boates e festas gays, é um pouco cansativo, mas é válido para consolidar esse projeto”. O projeto fica disponível para apoio até o dia 14 deste mês, então corre!

PARA PARTICIPAR DO FINANCIAMENTO COLETIVO, CLIQUE AQUI.

Crowdfunding Mohandas

A banda Mohandas vem se destacando no cenário musical do Rio de Janeiro desde o primeiro CD chamado Etnopop. Desde então nos brindam com belas músicas e shows cheios de energia. A rapaziada está trabalhando em um novo disco de inéditas e lançaram uma campanha irada de crowdfunding pra ajudar a realizar mais esse sonho. A campanha está na reta final mas ainda podemos fazer a nossa parte ajudando esse projeto lindo. Nós batemos um papo com Dudu Falcão, percussão e voz da banda, que você vai conferir, na íntegra, abaixo:

Pra quem quiser conferir os caras no palco há uma boa oportunidade! Amanhã a partir das 19h no MAR (Museu de Arte do Rio) que fica na Praça Mauá. É um projeto do Circo Voador ocupando os pilotis do museu. O show é gratuito e os caras já vão estar mostrando o repertório novo, arranjos novos e figurino novo (que sempre é irado). Tudo isso junto com a Festa Tupiniquim!

A Boa Ação de Hoje

Certa vez Marcelo Yuka disse ao ZN Etc:

…Agora ficou mais fácil propor. A internet é outra rua. Agora… se não estivermos em ação ficamos apenas na transferência de dados e as ferramentas evaporam. Então, é preciso que essa possibilidade que a internet nos deu vire ação na nossa calçada, na nossa esquina… (confira a entrevista completa aqui).

Agora chegou a vez de colocarmos a análise pertinente de um dos principais artistas e pensadores brasileiros em prática. Canções para Depois do Ódio é o novo álbum de Yuka e, acredite, a finalização dessa nova obra prima depende de você! (Que responsa, hein!). Isso porque para a conclusão do álbum Marcelo Yuka lançou mão de uma campanha de crowdfunding no Benfeitoria e resta apenas dois dias para a finalização do prazo estabelecido. O projeto já conta com 89% da meta arrecadada. A maior parte já foi, porém seria uma lástima não concluir esse trabalho tão emblemático da carreira do artista por tão pouco. O trabalho vem sendo lapidado há 5 anos e traz diversas participações especiais como: Marisa Monte, Seu Jorge, Leticia Sabatella, Jorge Benjor, Laudir de Oliveira, Céu, entre outros. O legal é que você pode fazer parte desse projeto! Caso contrário… “se não estivermos em ação ficamos apenas na transferência de dados e as ferramentas evaporam”.

Saiba mais assistindo ao vídeo abaixo e veja todos os detalhes do projeto aqui.

E aí, vamos à boa ação de hoje?