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ZN Entrevista – MC Leonardo

ZN Entrevista - MC Leonardo

Cria da Rocinha, funkeiro de coração e alma, um dos precursores e defensores do gênero musical e da cultura que vem das favelas do RJ. MC Leonardo é um nome que corre pelas veias de todo mundo que curtiu o funk na década de 90 (e quem não curtia?). Rap das Armas, Endereço dos Bailes, Rap do Centenário e muitos outros clássicos dos bailes foram feitos pela dupla, na época, MC Júnior e Leonardo. Enquanto vemos o surgimento cada vez maior de MCs pelo Brasil afora, surfando a crista da onda e muitas vezes tomando um belo caixote, MC Leonardo foi um dos caras que teve que começar o movimento do zero, matando um Leão por dia para levar a cultura da favela ao patamar de valorização que sempre mereceu. Se hoje o funk e a favela estão no mapa do Brasil ele é, sem dúvida, um dos responsáveis. O cara é tão envolvido que hoje é presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFUNK). Sua mobilização conseguiu pressionar os parlamentares fluminenses a reconhecer o funk como manifestação cultural e também a derrubar uma lei usada pela polícia para reprimir os bailes nas favelas.  Tivemos a oportunidade de bater um papo com o MC Leonardo durante a realização da FLUPP Parque 2016, que foi realizada na Cidade de Deus. 

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Foto: Fabiano Albergaria

A FLUPP foi um golaço porque fez as pessoas circularem pela cidade. Eu mesmo não conhecia a CDD. A grande parada é dizer que o funk é um instrumento. Unir o funk à literatura é dizer pro moleque que gosta de funk que ele também pode ler livro e dizer pro moleque que gosta de livro que ele também pode ouvir funk, não tem problema nenhum. Fazer isso com brincadeira e não com a imposição é o segredo. Muita gente me pergunta: Qual o resultado do que está fazendo? O resultado do que a gente faz é o que a gente faz. A grande parada é essa: fazer com que as pessoas acordem para a arte do fazer. A FLUPP tá fazendo e a união dessas ações já fez a diferença. Hoje saio daqui inspiradíssimo e acho que as crianças também saem daqui marcadas de uma forma muito positiva. 

Além do MC Leonardo, A FLUPP Parque 2016, contou com outros homenageados como Bia Bedran, Dudu Nobre, B Negão e Aderaldo Luciano. Participaram das atividades as escolas municipais Alphonsus Guimarães, Augusto Magne, Pedro Aleixo, Juliano Moreira e o CIEP João Batista dos Santos. Abaixo você confere uma galeria de fotos desse encontro maravilhoso que foi a FLUPP Parque. 

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5ª edição da Flupp começa nesta terça

5ª edição da Flupp começa nesta terça

Vida longa à Favela

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De hoje até domingo rola a 5º edição da FLUPP, na Cidade de Deus. Nesta edição, mais de 50 autores de 20 nacionalidades e uma grande homenagem ao escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (morto há 20 anos). A FLUPP há cinco anos vem chamando atenção para a realidade e a produção artística das minorias periféricas. Como parte das celebrações pelos 50 anos da Cidade de Deus, os convidados debaterão temas como racismo, machismo e homofobia. 

A FLUPP de 2016 terá mais de 100 horas de programação diversa e diversificada, com debates entre autores nacionais e internacionais, show musicais, espetáculos teatrais, realidade virtual, gincana literária e poetry slam. Iremos contar com convidados como a pastora lésbica Pamella Ligthsey, o compositor Dudu Nobre e a slammer secundarista Tainara Coelho, todos eles negros como as curadoras Roberta Estrela D'Alva e Yasmin Thayná. Mais do que nunca, a FLUPP da Cidade de Deus será uma plataforma contra o racismo, e em particular contra a morte em escala industrial dos jovens negros de nossas favelas.

Uma das novidades é o projeto criado em Barcelona por um grupo de pesquisadores e artistas: “Machine to be another” (Máquina de ser outro). Combinando áudios, vídeos em 360 graus, realidade virtual e técnicas de neurociência, a experiência cria uma ilusão cerebral que faz o usuário ver-se e sentir-se no corpo de outro. As sessões, gratuitas, acontecem das 14h às 22h, na praça principal da Cidade de Deus. Haverá também, em datas e horários a serem confirmados, performances de teatro imersivo, que irá misturar a realidade virtual e a física, colocando o visitante frente a frente com os narradores da histórias. No Brasil pela primeira vez, o “Machine to be another” participa da Flupp dentro da iniciativa do festival de ampliar a sua programação para outras formas narrativas.

Patrick Chomoiseau e Conceição Evaristo farão uma mesa que poderá entrar para a história dos festivais literários no dia 13 de novembro. Não será muito diferente com o debate envolvendo Nadifa Mohamed e Ana Maria Gonçalves, que discutirá o lugar do negro no mundo a partir do olhar feminino. O cinema, a inclusão digital e o samba também serão debatidos por artistas negros, como o diretor Joel Zito e a cantora Ellen Oléria.

Uma sexualidade hoje chamada de queer também terá grande destaque na programação, como se pode depreender pela mesa envolvendo Marcelo Caetano, Mc Linn da Quebrada e Amara Moira. Marcado para o dia 12 de novembro, esse debate é uma espécie de elo perdido entre a Cidade de Deus e Caio Fernando Abreu, autor homenageado da FLUPP de 2016. Pelo terceiro ano consecutivo, a curadoria do Rio Poetry Slam será da poeta e atriz Roberta Estrela D'Alva.

A FLUPP Parque, que pelo segundo ano terá como epicentro uma Gincana Literária, mostrará o resultado de dois meses de trabalho dentro de cinco escolas de ensino fundamental da Cidade de Deus. Uma espécie de festival de leitores, em que o epicentro das ações é a interpretação que os estudantes fizeram da obra dos autores que visitaram sua escola. A cantora, educadora e escritora Bia Bedran será uma das participantes, assim como a atriz Elisa Lucinda (no dia 11) e muitos outros. FLUPP Parque foi inteiramente dedicada à poderosa tradição da poesia oral brasileira, ela própria uma permanente afirmação de nossa herança africana. Quem acompanhar a programação das manhãs de 9, 10 e 11 poderá ver o que os grandes compositores do samba, rap e funk poderão fazer para formar novos leitores.

FLUPP 2016
8 a 13 de novembro
Endereço: Rua Edgard Werneck, 1565 - Jacarepaguá
Praça da Cidade de Deus (Praça Padre Júlio Groten)

Programação completa aqui.

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Circuito de Concertos Didáticos retorna às escolas municipais das Zonas Norte e Oeste

Circuito de Concertos Didáticos retorna às escolas municipais das Zonas Norte e Oeste

Projeto iniciado em outubro vai realizar, até 27 de novembro, concertos didáticos para o ensino fundamental em escolas de Olaria, Vista Alegre, Manguinhos, Ramos, Barra da Tijuca, Rio das Pedras, Anil, Praça Seca, e Taquara

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Desde outubro, dez escolas municipais da Zona Norte e Oeste vêm recebendo o projeto Circuito de Concertos Didáticos, no intuito de contribuir para a formação cultural dos estudantes da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. A direção geral e curadoria é assinada pela produtora cultural Kryka Pujol e a direção executiva e produção por Margareth M Monteiro. Já se apresentaram o grupo Terno Carioca, Duo David Ganc e Fabio Adour (flauta e violão), Duo Kristina Augustin e Mario Orlando (viola da Gamba) e o violonista Marcel Powell. Levando música e cidadania a cerca de 1000 alunos e promovendo 30 concertos no total, o projeto retorna às mesmas escolas em novembro, entre os dias 07 e 11 (começa nesta segunda-feira!) desta vez com apresentações e bate-papos com o violinista Ayran Nicodemo e o duo formado por Daniela Spielmann (saxofone) e Sheila Zagury (teclado), que levará aos alunos a obra de Jacob do Bandolim. Marcel Powell se apresenta ainda nas escolas em Vista Alegre e em Olaria.

O desafio do projeto é estimular nos alunos de 6 a 14 anos, a percepção de sons de diversas naturezas e procedências e fomentar a formação de plateia para a música instrumental popular e erudita. Em meio a tantas discussões acerca do ensino público nos dias atuais o Circuito de Concertos Didáticos busca promover a Escola pública como espaço de educação integral da comunidade, em prol do desenvolvimento da sensibilidade e criatividade humana por meio do contato com a linguagem artístico-musical, visando à formação do cidadão, capaz de contribuir ativamente com a transformação sócio-cultural, necessária para a construção de uma sociedade mais ética e digna.

Visite e curta a fanpage do projeto

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Batalha do Real | 2a Etapa – Jacarepaguá

Batalha do Real | 2a Etapa - Jacarepaguá

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Depois do sucesso tremenda primeira etapa que fez o Imperator, no Méier, tremer! Hoje é dia de Jacarepaguá receber os brabos da rima na segunda etapa da Tradicional Batalha do Real, dessa vez com 8 MC's disputando pontos para a grande final que vai rolar na Lapa! Hoje teremos a apresentação de Gil Metralha e Sheep além de shows de MC Maomé, Daniel Shadow e Nectar Gang. Nos intervalos DJ´s Negralha e Babão. Os ingressos estão à venda na bilheteria
#PodePerguntarProAori: meia entrada (R$10)!

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Mais informações aqui

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MC Xan, do Grajaú, vence o primeiro round da tradicional Batalha do Real

MC Xan, do Grajaú, vence o primeiro round da tradicional Batalha do Real

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Foto: Henrique Madeira

MC Xan tem 20 anos e é cria da ZN. Morador do Grajamaica Grajaú. Ele foi o grande vencedor do primeiro round da tradicional Batalha do Real, que é referência para o RAP carioca e fez uma grande festa lotando o Imperator. MC Xan chegou à final com o MC Pelé, de São Gonçalo, que também é um monstrinho da rima mas nessa batalha quem levou o prêmio de R$ 1 mil e garantiu uma vaga na grande final que vai incendiar a Lapa no dia 20 de novembro foi o Xan.

Assista a batalha final:

O próximo round da Batalha do Real acontece no dia 13 de setembro, em Jacarepaguá, na Lona Cultural Jacó do Bandolim, quando mais um dos 16 rappers participantes se classificam para a final. Lógico que o ZN vai estar por lá!

O vencedor da noite: Xan

Xan é Gabriel Henrique de Carvalho, ouve rap desde pequeno e sempre teve um dom para a escrita, além de gosto pelo ritmo, o que tornou inevitável o seu envolvimento com a cultura hip-hop. O MC foi indicado pela Roda Cultural de Vila Isabel, da qual foi vencedor, além de ter participado e vencido nas rodas de Méier e na Batalha do Tanque, em São Gonçalo. Gabriel é fã de MV Bill, Racionais MCs, Marechal, Claudinho e Buchecha e O Rappa.

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Foto: Henrique Madeira

Comecei no rap porque não tinha forma de não me envolver com a cultura, acabei indo pelo lado da música, que foi no que me destaquei mais. Vencer a primeira batalha foi uma honra, sei que foi só uma batalha, que a guerra não acabou, mas estou muito realizado

Em segundo lugar, com um prêmio de R$ 500, ficou o rapper Pelé, 19 anos, de São Gonçalo, nascido Mauricio Lourenço e morador de Trindade. Pelé conheceu o rap em 2008 e foi indicado pela Batalha do Tanque. Já venceu por lá e também na roda de Botafogo. Este primeiro round da Batalha do Real foi apresentado pelos MCs Marechal e Coé.

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Foto: Henrique Madeira

Muito importante ver a cena de todo o Rio de Janeiro reunida no Imperator! Essa geração da Batalha do Real honrou nossa história e fez uma das melhores batalhas de todos os tempos. Estar na Batalha do Real ontem foi uma máquina do tempo, mirando não só o nosso passado, mas também para o futuro, pois, com certeza, vamos ouvir falar muito dessa galera

Analisa o criador da Batalha do Real, Aori Sauthon, diretor executivo da Brutal Crew, organizadora do evento.

Próximas etapas

13/09, Jacarepaguá, das 18h às 22h

Lona Cultural Jacó do Bandolim

Praça Geraldo Simonard, S/N

Tel. : (21) 2425-0825
Apresentadores: Gil e Sheep.

DJ’s: Babz Brutal, LP e Negralha (ORappa)

Shows: Shadon (Tudo Bom) e Néctar Gang (Piramide Perdida)

02/10, Madureira, 16h às 22h

Arena Carioca Fernando Torres

Rua Bernardino de Andrade, 200

Tel.: (21) 3495-3078

02/10

Apresentadores: Negra Rê e Lepo

DJ's: Babz Brutal, LP e DJ Saddan

Pockets: Ratão (Tudo Bom), Lucas Carlos (Piramide Perdida) e DJ Negralha Banda

30/10, Penha, 16h às 22h

Arena Carioca Dicró

R. Flora Lôbo - Penha Circular, Rio de Janeiro - RJ, 21210-500

Tel: (21) 7951-0203
Apresentadores: Bacon e Chapadão.

DJ's:Babz Brutal, LP e Negralha

Pockets: Mãoli (Tudo Bom), Akira Presidente e Sain (Piramide Perdida)

16h às 22h.

20/11, Lapa

Grande final

Nos Arcos da Lapa, na Praça Batalha do Real